Susannah McCorkle – The Waters of March

“Águas de Março” é uma famosa canção brasileira composta em 1972 por Tom Jobim, que lançou uma versão em dueto com Elis Regina em 1974. Em 2001, foi nomeada como a melhor canção brasileira de todos os tempos numa pesquisa de 214 jornalistas brasileiros, músicos e outros artistas do Brasil, conduzida pelo jornal Folha de S.Paulo. Em 2009, a edição brasileira da revista Rolling Stone colocou a canção no segundo lugar das melhores músicas brasileiras de sempre.

Tom Jobim escreveu originalmente duas versões da letra, uma em Português e outra em língua inglesa, esta chamada de “Waters of March”, onde manteve a estrutura e a metáfora central do significado da letra. Para a versão em inglês, Jobim tentou evitar palavras com raízes latinas, o que resultou que a versão anglófona acabou por ter versos a mais que a da língua materna.

“Águas de Março” teve várias versões gravadas, tanto por artistas brasileiros, quanto por cantores estrangeiros, onde se incluem as versões de Art Garfunkel, Al Jarreau, Ella Fitzgerald e Dionne Warwick, entre muitas outras. Existe também uma versão de Susannah McCorkle, cantora de jazz natural dos EUA, sendo esta a que destaco. Trata-se de uma versão bilingue que a cantora incluiu no seu álbum de 1993 denominado “From Bessie to Brazil”.

É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho
A stick, a stone
It’s the end of the road
It’s feeling alone
It’s the weight of your load
It’s a sliver of glass
It’s life, it’s the sun
It is night, it is death
It’s a knife, it’s a gun
A flower that blooms
A fox in the brush
A knot in the wood
The song of a thrush
The mistery of life
The steps in the hall
The sound of the wind
And the waterfall
It’s the moon floating free
It’s the curve of the slope
It’s an ant, it’s a be
It’s a reason for hope
And the riverbank sings
Of the waters of march
It’s the promise of spring
It’s the joy in your heart
É o pé, é o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira
É uma ave no céu
É uma ave no chão
É um regato, uma fonte
É um pedaço de pão
É o fundo do poço
O fim do caminho
No rosto, o desgosto
Um pouco sozinho
A spear, a spike
A stake, a nail
It’s a drip, it’s a drop
It’s the end of the tale
A dew on the leaf
In the morning light
The shot of a gun
In the dead of the night
A mile, a must
A thrust, a bump
It’s the will to survive
It’s a jolt, it’s a jump
A blueprint of a house
A body in bed
The car stuck in the mud
It’s the mud, it’s the mud
A fish, a flash
A wish, a wink
It’s a hawk, it’s a dove
It’s the promise of spring
And the riverbanks sings
Of the waters of march
It’s the end of despair
It’s the joy in your heart
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho
É uma cobra, é um pau
É joão, é José
É um espinho na mão
É um corte no pé
São as Àguas de Março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração
A stick, a stone
It’s the end of the road
The stump of a tree
It’s a frog, it’s a toad
A sight of breath
A walk, a run
A life, a death
A ray in the sun
And the riverbank sings
Of the waters of march
It’s the promise of life
It’s the joy in your heart
São as Àguas de Março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho

Uma vez que esta música foi gravada por tantos artistas ao longo dos anos, deixo ainda links para os vídeos de algumas dessas versões:

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